segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Hackeie Esse Site!

"Hackeie esse Site"
Essa é a premissa por trás do hackthissite.org (HTS), que disponibiliza um ambiente onde o "aspirante a hacker" pode testar suas habilidades e ser guiado a aprender técnicas e tecnologias usadas para burlar sistemas de controle de conteúdo, bancos de dados e explorar falhas presentes em quase todo tipo de serviço ou produto de tecnologia.

Já tinha uma curiosidade de descobrir como hackers e crackers fazem sua "mágica" mesmo antes de iniciar minha graduação na área de TI. E o interesse só cresceu enquanto fui aprendendo sobre como computadores funcionam. Mas mesmo com inúmeros materiais disponíveis na web (e mais de uma dúzia ebooks no leitor digital que carrego comigo quase todo dia), nenhum material havia capturado minha atenção a ponto de que eu conseguisse ler até o fim.

Para se aprender a hackear, é necessário ter o que hackear. E existem distruibuições que permitem montar um laboratório para ser hackeado. Mas...

Quem tem tempo para "montar um laboratório", né?
Aí entra o HTS, tudo que você precisa fazer é criar uma conta no site e pronto, as missões já estão disponíveis. E separadas por nível de dificuldade. Existe também o um forum onde as pessoas discutem as missões e dão mais algumas dicas sobre como resolver os problemas (sem dar a resposta, é claro, a graça do site é desvendar os quebra cabeças).

Os missões estão divididas em 10 seções, que vão de manipulações básicas de HTML à aplicação de técnicas forenses de investigação digital (passando por missões de engenharia reversa, programação e esteganografia).

O site tem desafios que são apresentados de forma contextualizada, gerando situações que suponho serem semelhantes as que ethical hackers encontram. Por exemplo: uma empresa fabrica roupas com peles de animais e um ativista quer conseguir os emails de todos os compradores para fazer uma campanha contra o abuso de animais. Ou executivo de uma empresa responsável por um desastre ambiental está subornando a mídia para encobrir o acontecido, e um conhecido lhe pede para invadir a caixa de email dele e conseguir provas disso. Ok, algumas missões são um tanto caricatas, mas ajudam a contextualizar os desafios técnicos e mostram como hackers não precisam ser necessariamente os vilões da história.



Ainda estou na metade das missões realistas (segunda sessão das dez disponíveis), e já aprendi um pouco sobre Injeções SQL, vulnerabilidades de Cookies, falhas de diretórios transversais, Server Side Includes em PHP, falhas de permissão de acesso com arquivos .htaccess, falhas de listagem de diretório no Apache, e como usar de comandos básicos shell do linux para "exploitar" (explorar) falhas de implementação nos sites das missões.

O único ponto fraco que encontrei até agora foi o fato de tudo estar em inglês. O que pode ser mais uma "barreira de entrada" para quem almeja esse tipo de conhecimento. Mas nem chega a ser uma surpresa, alguém da área de TI não tem como fungir de ter pelo menos o conhecimento suficiente para ler em inglês. Boa parte da documentação, tutoriais e guias são publicados primeiro em inglês, as vezes só em inglês.

Nota:
Acredito ser importante montar seu próprio laboratório, saber como criar máquinas virtuais, redes virtuais, conhecer os OSs para o aprendizado de técnicas de Segurança da Informação, conhecer as ferramentas usadas pela comunidade. Cada uma dessas coisa é uma curva de aprendizado própria, ao invés de substituir essas coisas o que o Hack This Site faz é tornar mais fácil que alguém adquira os conhecimentos básicos da área sem ter que aprender essas coisa todas antes. O que é um incentivo válido.
Ah, "Profissional Segurança da Informação" é o nome bonito que deram para as pessoas que são pagas para hackear sites, programas, empresas e sistemas com o objetivo de identificar as vulnerabilidades e corrigi-las.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Podcasts!

Esse post vai ser sobre alguns dos podcasts que ouço.

E para repetir o que disse um sem número de vezes às pessoas com quem trabalhei enquanto dava aula de inglês: para aprender bem um idioma você tem que ter contato com ele. Lendo, ouvindo, falando, escrevendo. É preciso ter o pacote todo.

Esses podcasts não são para inciantes, inclusive são feitos para nativos no idioma. Definitivamente não são recomendados para quem está abaixo do nível B2. (você pode testar seu nível com um teste gratúito EF)

99% Invisible: começou como um programa sobre design e arquitetura que o criador do programa (Roman Mars) fazia em casa, por puro hobby. Tratam de muitos outros temas além desses. Aliás essa é uma característica de todos os podcasts aqui, apesar de possuírem um "tema" principal ligando os assuntos, tratam de qualquer coisa que possa ser transformada em uma história interessante.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Teste de Gratuito de Proficiência em Inglês (quick post!)

A EF disponibilizou testes de inglês online e gratuitos.



Com um teste rápido (15 minutos) é possível estimar o nível do inglês. Há também um teste mais longo (25 minutos) que, até onde entendi, a EF quer oferecer como uma alternativa a testes pagos como TOEFL, TOEIC e etc.

Dá para publicar o resultado do teste no seu pefil do Linkedin, direto da página de resultado do teste.


É uma forma fácil de mensurar seu nível de domínio do idioma, incrementar o currículo e — para quem precisa de um certificado pago — saber se vale a pena pagar para fazer os outros exames ou se ainda precisa estudar um pouco.

Dica do Bruno do LIEd!




quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

De Viagens, Grana e Malucxs de Estrada.

Muitas pessoas reclamam que gostariam de viajar, mas que não tem dinheiro. Não sou expert no assunto, mas também fui afligido por essa febre coletiva de querer 'viajar o mundo' — que sabemos ser mais uma estratégia comercial para nos empurrar pacotes de viagem, livros e etc.

Apesar do oportunismo, viajar é preciso. Porque nos enriquece como pessoas, muda a forma como vemos o mundo e vemos a nós mesmos. Porém viajar também tem o potencial para deixar um rombo imenso em sua vida financeira, principalmente se você pega a estrada para  seguir seus sonhos, sem nenhuma expectativa realista na cabeça. Não vai ser só postar fotinha bonita no facebook e ter experiências maravilhosas o resto do tempo.

Mas é possível, sim, cortar custos e viajar por mais tempo ou pagando menos. E esses serviços podem ajudar:

Funciona como uma rede social, permitindo que pessoas possam encontrar um lugar para ficar, mostrar que tem uma lugar livre se alguém quiser ficar na casa delas, encontrar algum local para dar uma volta pela cidade e tomar um café, e encontrar amigos de viagem. O lema do CouchSurfing é "não existem estranhos, somente amigos que você ainda não conheceu". E essa é ideia por trás do projeto: colocar pessoas em contato.
Uma das primeiras preocupações com esse tipo de contato com estranhos que surge é a segurança. Para resolver esse problema o site usa um sistema de reputação parecido com o usado em sites como o Mercado Livre.

Assim você tem a experiência de várias pessoas para decidir se quer ficar na casa de alguém, hospedar ou encontrar a pessoa. E saber que não vai hospedar ou ficar na casa de um completo maluco (embora isso possa render uma bela história).
Antes de fazer uma viagem mais longa e complicada é interessante conhecer e ser conhecido pelos CouchSurfers que moram perto de você. Cidades maiores costumam ter eventos quase todo dia.


Sigla para 'World Wide Opportunities in Organic Farming', algo como Oportunidades de Trabalho em Fazendas de Orgânicas pelo Mundo Afora numa tradução livre. Imagine que você queira passar três meses em outro país, mas você simplesmente não nasceu rico e não tem como pagar PIB de um país pequeno pela viagem (que é o que agencias de intercâmbio normalmente cobram).
Além dos custos para chegar lá você ainda tem que para por um lugar para ficar e por comida. Com o WWOOF você resolve o problema de alimentação e estadia. E se você tem inclinações a aprender um pouco sobre agricultura ou já tem afinidade com essa área, fica bem mais fácil. Nesses programas você troca horas de trabalho pela por um local para dormir e alimentação. Além de aprender mais sobre o cultivo orgânico de alimentos e saber como produtores rurais vivem em outro país.


O WorkAway tem uma filosofia parecida com a do WWOOF, mas não se limitam ao cultivo orgânico. Eles disponibilizam várias formas de voluntariado, de jardinagem na Austrália à ajudar tomar conta de um safári em Zâmbia.
Ambos os serviços possuem taxa de inscrição, mas o valor é irrisório quando comparado ao que agências de viagem tradicionais cobram. (entre 20 e 40 dólares para poder usar o serviço por um ano)


Acredito não ser exagero dizer que o mochileiros.com é o recurso mais completo em língua portuguesa para viajantes, mochileiros e quem quer se tornar um. O fórum tem tópicos sobre qualquer destino, como chegar, onde ficar, o que fazer e mais informações ainda. Independente do seu orçamento e estilo de viagem, há uma grande chance de que alguém já fez essa viagem em condições muito parecida e postou alguma dica útil no fórum.

Para quem prefere alugar e pagar um lugar para ficar, é possível encontrar preços melhores no Airbnb do que em hotéis convencionais. Por experiência pessoal, o serviço é muito interessante, e assim como CouchSurfing cria oportunidades para conhecer muitas interessantes!



E para os realmente fortes de coração, é possível viajar sem grana. E ir se virando no meio do caminho. Mas não é para qualquer um. Em geral você pode esperar um conforto proporcional a quanto dinheiro tem para investir na sua viagem. E como o autor de O Pequeno Príncipe disse: "A perfeição não é alcançada quando não há mais nada a ser incluído. A perfeição é alcançada quando não há mais nada a ser retirado."

E essa, entre outras, é a arte do pessoal que viaja Brasil afora vendendo artesanato. Se acostumam a viver com pouco conforto material em busca de outras experiências, e uma delas é a de se mover entre fronteiras como se não significassem nada. E se pararmos para pensar não significam mesmo. Mas voltando ao assunto, não eles não fazem isso só 'para viajar', é filosofia de vida. O documentário abaixo captura parte dos costumes e hábito do pessoal que vive na estrada:



E só para fechar, quando vejo isso:

Se mimimimi de graça, mimimimimimimimi. 


Penso que querem dizer "viajar com todo conforto que se tem em casa, e sem ter que trabalhar por ele como normalmente se faz a maior parte do ano", o que é tolice. A menos que você seja um político, mega-empresário, sheik árabe, e nesse caso não teria porque estar lendo isso aqui.


PS.: Espero não demorar mais seis meses para escrever o próximo post. Indepente do assunto. Essa bagunça aqui não tem tema mesmo. Que se fuck. 

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Melhorando seu Inglês de Graça


Para se tornar competente em qualquer idioma é necessário compreender sua forma oral e escrita. Esse post fala de alguns serviços que podem ser úteis para alcançar esse objetivo.

Nada substitui o contato com falantes do idioma, principalmente os preparados para te ajudar a aprender o idioma que você quer falar, ou seja, um bom professor pode te ajudar a poupar muito tempo. Mas dito isso, existem formas de melhorar seu domínio da língua inglesa sem gastar nada. (além do necessário para ter um aparelho conectado à internet, claro)


O Duolingo funciona mais ou menos como um jogo e explora o idioma o suficiente para criar uma base extensa de palavras e construções gramaticais. Se usado frequentemente pode servir como uma ótima revisão para quem já estudou inglês e não está satisfeito com o próprio domínio do idioma, e também serve com uma introdução para quem nunca o estudou. As lições exploram desde os temas mais introdutórios até assuntos avançados, por isso o serviço serve para todos os níveis — exceto talvez falantes que já dominem o inglês escrito e só tenham interesse em melhorar suas habilidades de audição (listening) e comunicação. 

O serviço é gratuito e funciona direto do navegador, além de possuir aplicativos para Android, iOS e Windows Phone.

Além de construir uma base de palavras conhecidas, é necessário reconhecer essas palavras quando elas saem do papel, e dada a variedade de sotaques existentes essa tarefa traz dificuldades próprias. A melhor forma de se aprender a ouvir um idioma, é ouvindo. Óbvio, mas quanto maior for sua familiaridade com os sons do idioma, mais fácil vai se tornar compreendê-lo quando ouvi-lo vindo de outras pessoas.

Para nossa sorte existem os podcasts. E existem para todos os gostos, temas e níveis. Para iniciantes programas como Aprenda Inglês da BBC, Inglês na Ponta da Língua e English Experts, que são podcasts apresentados parte em português ou com transcrição e glossário para expressões mais complicadas. Níveis mais altos tem mais opções, desde programas como o 6 Minute English onde os apresentadores falam mais devagar e explicam as expressões sem usar português, até programas onde falam normalmente, voltados para falantes fluentes do idioma; e nessa categoria existem tantos que não caberia aqui.

Além de saber escrever, ler, interpretar, entender o idioma falado é importante conseguir se comunicar bem. E essa barreira é onde a maioria das pessoas trava. É possível desenvolver sua habilidade nas áreas anteriores com pouco contato direto com outros falantes, mas por definição, comunicação exige contato com outras pessoas.


Serviços como o MeetUp e os Eventos do Facebook permitem que pessoas com interesses em comum organizem encontros. Mas se por alguma razão você mora longe ou por qualquer outra razão não pode ir a esse tipo de evento o Verbling é uma ótima alternativa.

O site também oferece lições pagas, mas o serviço mais interessante que oferecem é gratuito: salas de bate-pato com outros estudantes do idioma que você quer praticar. Tudo que você precisa é fazer uma conta no site, entrar na sala de comunidades e escolher em qual sala deseja entrar.


Como o bate-papo do Verbling usa o Google Hangouts é possível praticar direto do navegador, se você estiver num computador, ou em qualquer outro dispositivo que tenha o app do Hangouts instalado.

E para terminando com mais um conselho clichê, essas ferramentas podem te ajudar a melhorar seu domínio da língua inglesa. Mas isso só acontece se você criar o hábito de se dedicar com frequência. Mesmo por meia hora, ou até quinze minutos, o importante é ter o hábito de estudar com frequência, de preferência todo dia.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Peter Sunde: Compartilhamento de Arquivos é Política, Propaganda e Controle.

No começo da história do  The Pirate Bay o site era em sueco. Tinha sido feito por suecos para sua comunidade. Outros países tinham seus próprios sites de compartilhamento de arquivos, mas eles eram tirados do ar.

Me lembro quando um dos maiores sites espanhóis de compartilhamento de arquivo foi fechado. Os usuários não tinham para onde ir além do The Pirate Bay. Do nada a lista de arquivos mais compartilhados foi tomada por conteúdo em espanhol, exceto por um certo audiolivro. Era um curso de sueco.

Decidimos traduzir o site. Não só para o inglês, mas para o maior número de línguas possível. Encontramos pessoas de vários países dispostas a ajudar. Lembro que a tradução para o português foi especialmente interessante, porque foi feita por brasileiro. Decidimos que iríamos fazer dois botões para a tradução — um para o português e outro para o português do Brasil. Como os dois idiomas diferem um pouco. Mas o arquivo gettext da tradução foi o mesmo.

sábado, 4 de abril de 2015

Documentários do Projeto Vênus



O Projeto Vênus é uma organização que se dedicar a criar tecnologias e estudar ideias que possam modificar a forma como a sociedade atual funciona. Muitos consideram descreditam as ideias de Jaques Fresco (fundado do projeto) como pura utopia. Mas mesmo aos noventa anos de idade há uma lucidez nas palavras e ideias dele que, pessoalmente, gostaria de ver no comportamento de nossos líderes. Mas não há surpresa que tentem descreditar as tais ideias quando todo sistema dominante tem como uma das prioridades máximas a perpetuação de si mesmo.
Grande parte das ideias dos documentários Zeitgeist e Culture in Decline vêm do Projeto Vênus.